Nada: "s.m. a não-existência, o que não existe; o vazio; coisa nula, sem valor; bagatela, ninharia, inutilidade". Vazio: "adj. que nada contém; que só contém ar; que não tem ocupantes; falto, privado, carente, destituído". No fundo não há dicionários ou idiomas que consigam traduzir fielmente esta sensação. É uma tarja preta cobrindo o meu peito, tarja porque os sentimentos continuam lá guardados de alguma forma, e preta porque é ausência de luz.
Coloque um segundo em uma linha de tempo com cem anos e verá uma denotação de total insignificância para este segundo. Coloque mil anos em uma linha de tempo com cem bilhões de anos e a falta de sentido continuará prevalecendo na comparação. A julgar pelo infinito todo o finito é vazio independente de seu tamanho. Ao comparar com o eterno um segundo e cem bilhões de anos tem o mesmo peso, diferindo apenas na escala de visão.
São estes o nada e a inexistência que eu sinto quando a sensação de completo que nos arrepia o pelo da nuca se esvai e se torna um vazio no fundo da alma. Não é dor, não é saudade e nem mesmo falta; é silêncio absoluto, impotência, invalidez; porque em uma análise absolutamente fria e lógica o que é de verdade sempre será, e aquilo que apenas foi sequer de fato existiu.
Meros devaneios? Filosofias complexas demais? Em todo caso deixo minha dica: seja, preencha sua vida com o que é eterno, busque o infinito que se esconde em cada segundo, se complete, deixe tudo o que é vão de lado; e o vazio não mais será.
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