"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão." Mateus 7:1-5
Que direito ou mérito maior nos torna aptos a condenar qualquer outra pessoa? Quantas vigas você carrega em cada um dos seus olhos?
Nos enxergamos maiores do que realmente somos, acreditamos estar isentos aos riscos e acabamos nos colocando acima de muitas das regras que nós mesmos cobramos dos outros.
Erramos de forma crônica e para minimizar nossas fraquezas julgamos outras pessoas projetando nelas nossas deficiências. (É a chamada "Projeção Freudiana", tema abordado anteriormente no post Freud Explica)
A palavra grega traduzida como perdão significa literalmente anular ou cancelar, ou seja, perdoar é libertar seu ofensor não apenas da culpa, mas da própria ofensa. Difícil e muitas vezes quase impossível o perdão é um exercício constante que consiste em seguir basicamente dois passos: não julgar e nos colocar na posição do outro.
Olhar com os olhos do meu agressor e procurar entender seus motivos é uma das lições mais complicadas que já aprendi na vida. Só consegui de fato evoluir neste aprendizado quando percebi que entender não é sinônimo de aceitar. Para perdoar alguém é fundamental descobrir seus motivos e imaginar como agiríamos na mesma situação. Isto nos credencia a entender, o que não significa que temos a obrigação de aceitar.
Perdoar antes de tudo nos afasta dos maus sentimentos e das lembranças ruins, depois liberta o agressor da culpa e da agressão, mas não o livra das consequências. As consequências são naturais e destas o tempo se encarrega. O sentimento que acabou, a dor, as perdas... Não temos poder sobre elas.
O maior bem que podemos fazer a nós mesmos é nunca julgar e sempre perdoar. Sugiro que comece por você mesmo: autocrítica é importante mas por favor não se condene!
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