O passado é definitivo, estático, já está escrito e sacramentado, será eternamente parte da nossa história. Não temos o poder de apagá-lo ou mudá-lo, mas ganhamos dele a oportunidade de aprender com as numerosas lições que recebemos como brinde junto às nossas conquistas e decepções.
Martele um prego em uma madeira, logo em seguida o retire. Apesar de não estar mais lá o prego deixou um buraco no formato exato dele, uma cicatriz que, ainda que preenchida com massa, lixada e pintada, continuará no mesmo lugar fazendo parte desta madeira enquanto ela existir.
Não importa se estão visíveis ou ocultas, embora no princípio a camada de revestimento seja fina e deixe transparecer o tecido conjuntivo, as cicatrizes em nosso corpo deixam a pele mais forte com o tempo, substituindo o tecido original por outro de aspecto mais fibroso e nos protegendo de novas feridas naquele local.
As sombras projetadas de nosso corpo são imagens distorcidas de nós mesmos, que surgem em qualquer lugar onde exista claridade, como se nos perseguissem em todas as situações em que ficamos visíveis. Podemos correr mais rápido que a luz, ou nos mudar para qualquer lugar do mundo onde não exista energia elétrica, ainda assim sempre que vier o Sol sua sombra estará lá.
Não deixe que o passado te persiga, permita que as feridas cicatrizem, afinal que tipo de manchas você quer carregar na sua história? Cicatrizes que dificultam novas lesões onde seu corpo já se feriu, ou sombras que te acompanham em qualquer lugar no qual você possa ser observado?
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